quinta-feira, 21 de abril de 2011

Palmira Gabriel 2

A violência é hoje uma das principais preocupações da sociedade. Ela atinge a vida e a integridade física das pessoas . É um produto de modelos de desenvolvimento que tem suas raízes na história.
A definição de violência  se faz necessária para uma maior compreensão da violência escolar. É uma transgressão da ordem e das regras da vida em sociedade. É o atentado direto, físico contra a pessoa cuja vida, saúde e integridade física ou liberdade individual correm perigo a partir da ação de outros. 
 Trabalhei no Palmira Gabriel entre os anos de 2003 e 2007 e sabemos que a área é cercada de ocupações e por isso precisa de uma maior atenção do poder público no que diz respeito as ações voltadas para a juventude e a comunidade em geral.
No entanto o poder público se omite e sempre se omitiu quanto aos problemas crônicos encontrados nas áreas de exclusão urbana, também chamadas de ocupações .
Isso vai se refletir em forma de violência não só nas escolas mais também nas famílias e nas comunidades.´
A implantação de políticas públicas para os jovens das áreas adjacentes a Escola Palmira Gabriel  é o primeiro grande passo para a minimização dos problemas relacionados a violência.
 Quando consideramos as políticas públicas para a juventude ações direcionadas somente a um segmento da sociedade ou grupo de interesse, é um equivoco, pois os jovens podem ser considerados o futuro de todos nós, sendo que as ações geram conseqüências em toda comunidade. Beneficiando toda a família, melhorando a qualidade de vida nas cidades, diminuindo a criminalidade e contribuindo para a economia em geral.


Ladrões invadem escola Estadual Palmira Gabriel

Bando roubou alunos da escola Palmira Gabriel, na Augusto Montenegro. Um aluno foi agredido e ferido com terçado.


Funcionários e estudantes sofreram o segundo ataque de criminosos em uma semana dentro da escola estadual de ensino fundamental e médio Palmira Gabriel, na Augusto Montenegro. Ontem, por volta de 14h30, nove ladrões armados com facas e terçados entraram pelos fundos do estabelecimento de ensino aproveitando a cerca baixa de arame farpado, único obstáculo para separar a área escolar de um matagal. Eles renderam a turma da 7ª série, roubaram mochilas e celulares dos alunos e agrediram um adolescente com uma terçadada no braço.

O garoto agredido, de 16 anos, foi encaminhado para o Hospital Abelardo Santos, segundo o gestor da Unidade Seduc na Escola (USE) 11, Walter Cruz, e passa bem. Ele garantiu que o estudante não foi ferido, porém, alunos sustentam que o adolescente sofreu um ferimento leve devido a agressão feita por um dos bandidos. Outra aluna, também do 3º ano, em estado de choque, foi atendida e encaminhada para atendimento médico e depois voltou para casa.
O bando era formado por jovens, aparentando ainda menoridade, e existe suspeita de que entre eles houvesse ex-alunos da escola. Segundo informações de testemunhas, eles queriam roubar aparelhos da sala de informática e pertences dos alunos e professores. Na sexta-feira passada, dia 15, três computadores foram furtados da Palmira Gabriel, de acordo com o relato de vários estudantes que ainda estavam em frente à escola, por volta das 17 horas.
'O menino saiu com o braço sangrando, e eles (os ladrões) pegaram nas partes íntimas de uma aluna também na hora do assalto', disse um menino de 12 anos, estudante da 5ª, ainda assustado com a situação. Outro colega de turma dele, também de 12 anos, confirmou que a escola foi roubada na sexta-feira passada. 'Só tem uma cercazinha de arame. É muito fácil entrar. Tem até um caminho lá que dá no meio do mato, onde tem um campinho. Ficam uns maconheiros lá sempre', contou o garoto.
O gestor da USE 11, responsável por 20 estabelecimentos escolares da área, afirmou que 'ainda está tomando pé da situação das escolas'. 'Assumiu o cargo recentemente', frisou o funcionário da Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc). Porém, ele declarou que já pediu que a área de vegetação atrás da escola Palmira Gabriel seja limpa e um muro alto seja construído. Walter não permitiu o acesso da impressa ao local sob a justificativa de que o lugar deveria ser preservado para as investigações da polícia.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) informou 'que, antes mesmo do lamentável episódio já estivera na unidade de ensino, inclusive na manhã de hoje (ontem), fazendo levantamento para a capinação da área dos fundos da escola e da elevação da altura do muro'. No comunicado, o órgão estadual disse que 'a obra está confirmada para se iniciar na próxima segunda-feira, 25'.
O major Marcos Barros, do Comando de Policiamento Escolar (Cpoe) da Polícia Militar, afirmou que a polícia está no encalço do grupo que invadiu a 'Palmira Gabriel'. 'Estamos fazendo buscas para tentar capturar os suspeitos a partir da informação que colhemos na escola', ressaltou ele. Segundo informações coletadas no local, os envolvidos podem ser moradores da área de ocupação Fé em Deus, situada próximo ao conjunto habitacional Tenoné.
Estiveram na tarde de ontem na Escola Palmira Gabriel, além dos homens da Cpoe, vários policiais em viaturas da Ronda Tática Metropolitana (Rotam) e da 8ª Zona de Policiamento (Zpol) da Polícia Militar. Os policiais civis da Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe) e da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) da Polícia Civil também foram até lá fazer as primeiras investigações. No entanto, até o começo da noite de ontem, nenhum suspeito foi detido ou preso pelo roubo aos alunos.
Estudantes relatam clima de insegurança
Na fachada da escola Palmira Gabriel, o cartaz colorido avisa: 'Aqui você encontra: companheirismo, determinação, amizade, partilha, harmonia, compromisso, amor e paz'. Mas não é bem o que dizem alunos, pais e responsáveis de quem lá estuda. Com um filho de 10 anos matriculado na 5ª no turno da tarde, Lucileide Pinheiro, 32 anos, estava passando de ônibus quando viu várias viaturas da polícia e a imprensa na frente da escola. 'Fiquei desesperada. Só pensei no meu filho. Aqui não tem segurança nenhuma', criticou, chorando.
Lucileide lamenta não ter opção para o filho e a filha, que estuda pela parte da manhã, na Palmira Gabriel. 'A gente mora no (conjunto habitacional) Eduardo Angelim. É a única escola aqui perto. E não tem segurança nenhuma. Sempre há história de gente invadindo a escola. Quando vão fazer alguma coisa?', questiona. A mãe de aluno, quando viu a movimentação da polícia e dos jornalistas, pensou no pior. 'Só quero agora ir para casa e abraçar meu filho, saber se ele está bem', disse ela.
Já as crianças, pela conversa, demonstram que estão habituadas ao clima de tensão, embora observem que é preciso uma ação para prevenir crimes e violência dentro da escola. Um adolescente de 16 anos disse que é comum a entrada de pessoas por trás do estabelecimento. 'A gente que estuda aqui não se sente seguro. Temos medo. A gente é ameaçado também. Fica essa sensação de que pode acontecer alguma coisa muito ruim, tipo o que houve no Rio de Janeiro (episódio em Realengo com o fim trágico de 12 crianças assassinadas)', assinalou.
O estudante também menciona que foram roubados três computadores na semana passada, quando bandidos invadiram a escola e furtaram os equipamentos da sala de informática. A informação dele contrasta com as evasivas do gestor da Unidade Seduc na Escola 11, Walter Cruz, e do major Marcos Barros, do Comando de Policiamento Escolar (Cpoe) da Polícia Militar. Ambos dizem desconhecer o incidente anterior à invasão de ontem. Fonte: Amazônia Jornal

terça-feira, 19 de abril de 2011

Encontro do Sintepp com os camaradas do SOME

No dia 16 de maio o Sintepp fará um encontro com profesores do Some de diversos municípios. O local será centro-social de Nazaré.
De imediato gostaria de informar que esse debate será feito previamente nos municipíos onde funciona o Some e no dia 16 em Belém será a culminância, onde 80 professores representando os diversos municípios estarão debatendo as problemáticas do projeto e a Lei específica que o regulamenta no PCCR.
Salientamos que os nomes dos representantes dos municípios devem ser escolhidos nas reuniões locais e enviado para o email: paraensexibe@hotmail.com.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

INDUAZINHO (Capitão Poço) -SOME

Hoje começo um trabalho muito legal que é mostrar aos leitores do blog e professores do SOME um pouco de cada localidade do projeto. Nesta postagem falarei de uma localidade da zona rural de Capitão Poço.
Induazinho:
Nesta localidade da Zona rural do município de Capitão Poço (17ªure), funciona o SOME/Seduc.
 Os professores precisam ir de ônibus até o município sede e depois tomar um outro coletivo até a localidade. O preço total da viagem é de R$ 25,40.
 A estrutura para o aluno é professor é regular. A maioria das turmas tem alunos além do número permitido e as aulas são ministradas na Escola municipal João Gomes de Oliveira, onde funcionam as seguintes turmas do ensino médio modular:
1ªANO/ tarde- 38 alunos, 1ºANO/noite-59 alunos, 2ºANO/noite-56 alunos, 3ºANO/noite-46 alunos.
A casa dos professores é de alvenaria, possuindo 3 quartos, 2 banheiros, sala, cozinha sendo alugada pela prefeitura e abrigando professores do Some e município.
Parte da mobília da casa é  emprestada: O fogão é emprestado pela comunidade e a geladeira é do posto de saúde que está sendo reformado e vai ter que ser devolvida quando a obra acabar.

Tristeza

Ao chegar pela manhã em Abaetetuba, juntamente com o professor Cesar Pantoja, tivemos a triste informação que o irmão de uma professora da localidade que ministramos aula tinha falecido, portanto fomos liberados pela direção da escola ainda no porto. 
Na segunda estaremos de volta para continuarmos nosso trabalho.

domingo, 17 de abril de 2011

SOME no PCCR: Lei específica

No dia 16 de maio durante todo o dia, o Sintepp estará promovendo um diálogo com a categoria para discutir a proposta de Lei específica para regulamentar o projeto SOME. O local será confirmado na próxima quarta feira, porém salientamos que todos os muncípios estão convidados a mandar representantes. A dinâmica do evento será definida na próxima semana.

Eldorado do Carajás A luta continua!

Parece  que foi ontem, um dos fatos mais trágicos da história brasileira pós-ditadura, o massacre de Eldorado dos Carajás, completa 15 anos neste domingo (17) e mesmo se passando esse tempo os corações revolucionários continuam doloridos.
No total 19 trabalhadores sem-terra foram mortos e mais de 70 ficaram feridos em uma operação truculenta e imbecíl, ordenada pelo governo do PSDB e executada pela Polícia Militar.
O massacre ocorreu em 17 de abril de 1996, por volta das 17h, quando cerca de 1.100 sem-terra ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) interditavam a rodovia PA-150, na altura da curva do “S”, em Eldorado dos Carajás (a 754 km de Belém). Os manifestantes marchavam rumo à capital paraense para exigir a desapropriação da fazenda Macaxeira, em Curionópolis (PA), ocupada por 1.500 famílias havia 11 dias.Do gabinete do governador Almir Gabriel (PSDB) partiu a ordem para “desobstruir” a via; o secretário de Segurança Pública, Paulo Sette Câmara, reforçou a orientação e autorizou o uso da força policial para tirar os manifestantes da rodovia. Pantoja disse, em seu depoimento no Tribunal do Júri, que tentou argumentar com seus superiores para que a tropa de choque fosse chamada para a operação, já que seus comandados não teriam condições para cumprir a ordem, mas teve o pedido rejeitado.
Orientado a seguir com a desobstrução, o coronel partiu de Marabá com policiais munidos de armamentos pesados. No lado oposto da PA-150, a partir de Parauapebas, vieram os comandados de Oliveira, também fortemente armados. Na curva do "S", onde a multidão se aglomerava, os PMs utilizaram bombas de gás lacrimogêneo para liberar a rodovia
Os sem-terra revidaram atirando pedras e paus contra os policiais. Em seguida, alguns PMs passaram a disparar com armas de fogo em direção aos manifestantes. Apesar dos tiros, a maioria das mortes não ocorreu no momento do enfrentamento, mas alguns instantes depois, quando os trabalhadores já estavam rendidos, segundo a perícia.
Eldorado ficou marcado na memória daqueles que acreditam no Socialismo e  na possibilidade de derrotar a burguesia parasita.
Acredito que hoje é um dia de reflexão e ao mesmo tempo de reafirmação da luta pela reforma agrária e consequentemente qualidade de vida para as populações do campo,das águas e das florestas.
A LUTA! A LUTA! CONTINUA CAMARADAS!