Hoje pela manhã o Sintepp entrou em contato com o Secretário de Gestão da Seduc e o mesmo informou que a folha suplementar corrigindo os descontos nos contra-cheques de centenas de professores do Some, já foi enviada a Sead e que o problema é burocrático.
Segundo o mesmo a Sead informou que sexta feira o dinheiro desta folha estará nas contas dos professores.
Estamos na luta.
Braulio Uchôa 92233388 / 82269755
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
PNE não considera educação no campo
Em
audiência com crianças e ativistas do acampamento nacional da Via Campesina, MEC
se compromete com grupo de trabalho para evitar fechamento de escolas no
campo.
No
início da tarde dessa quinta-feira (25/8), dezenas de ativistas e crianças
acompanhadas por seus responsáveis se dirigiram ao Ministério da Educação (MEC)
para exigir melhorias urgentes na educação do campo.
Com diversos pontos de reivindicação, a comitiva explicitou os problemas educacionais enfrentados pelas famílias brasileiras que vivem distante das grandes cidades. “Nos últimos oito anos foram fechadas 24 mil escolas no campo. Como pauta emergencial, queremos a abertura de, pelo menos, 350 escolas”, afirmou Cristina Vargas, do Setor de Educação do MST. “Nossa pauta já está amarelada, envelhecida, porque sempre fazemos audiências, combinamos reuniões, mas nada de concreto é feito”, afirmou Márcia Ramos, também membro do setorial de educação do MST e dirigente da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
Em seguida, questionou o titular do MEC sobre a inexistência da aferição de custos para educação no campo na planilha com a previsão de investimentos do MEC ao PL (projeto de lei) 8035/2010, que trata do novo PNE (Plano Nacional de Educação). Veja aqui a planilha do MEC.
“Na planilha do MEC nenhuma meta que trata da educação básica prevê novos investimentos no campo, a meta de alfabetização de adultos nem possui cálculo de custos e os mais graves índices de analfabetismo estão nas zonas rurais. Se o MEC deseja criar um novo programa, por que não tomou as diretrizes desse ‘PronaCampo’ e seus custos na previsão de gastos do novo PNE?”, perguntou Cara.
Presente à audiência, a chefe da Secadi (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão) do MEC, Claudia Pereira Dutra, afirmou que o programa de educação do campo não está pronto. Contudo, concordou que a NT da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, já debatida internamente no Ministério, aponta limitações na planilha de custos do MEC. “Na educação especial, por exemplo, não foi calculado um custo aqui pelo Ministério, mas nós já investimos o dobro da matrícula comum. Essa política foi criada por nós e isso será corrigido”.
Na opinião de Daniel Cara, a audiência serviu para comprovar que a questão da equidade “não cabe nos 7% do PIB para a educação”, patamar proposto pelo Governo Federal. “Com essa meta de investimento e esse texto proposto pelo Executivo Federal, o novo PNE não garantirá educação no campo, educação indígena, educação quilombola, nem educação especial. Também não será possível combater as desigualdades regionais, nem será possível alcançar um patamar mínimo de qualidade. O Brasil não pode perder mais uma década, o PNE precisa ter a envergadura que a questão educacional necessita.”
O ministro da Educação foi
solícito em atender a preocupação da comitiva no tocante ao fechamento de
escolas no campo. “Sou totalmente contra o fechamento de escolas no campo”.
Diante da iniciativa da Via Campesina “Fechar escola é crime”, Haddad afirmou:
“se o poder local não ouvir a comunidade escolar, fechar a escola é sim um
crime”. E complementou: “é possível analisar na LDB o que pode ser feito, seria
bom ouvir a comunidade escolar antes de se fechar uma escola no
campo”.
Os membros da comitiva
consideraram que o encontro com Haddad foi “normal”, “não superou as
expectativas”. Para Cristina Vargas “é necessário debater e é fundamental
pressionar.” Contudo, segundo ela, “só vamos avaliar os resultados mesmo amanhã,
quando receberemos a resposta da Casa Civil e da área econômica do Governo
Federal sobre todas as nossas reivindicações, inclusive aquelas feitas
hoje”.
A Via Campesina levou como
pauta de reivindicação ao MEC a proibição do fechamento de escolas no campo, uma
campanha de superação do analfabetismo em forma de mutirão, abertura de 30 Ifets
(Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia) rurais, financiamento
para licenciaturas em educação do campo, entre outras.
Os movimentos do campo
manifestaram também apoio à movimentação de várias organizações e redes que
exige a destinação de um montante equivalente a 10% do PIB (Produto Interno
Bruto) para a educação pública.
O governo federal marcou uma
audiência com a Via Campesina nesta sexta-feira, 26/8, às 11h, no Palácio do
Planalto, para dar uma resposta à pauta apresentada nas mobilizações desta
semana.
Coordenação da Via Campesina
Brasil
A coordenação da Via Campesina
no Brasil é composta pelas seguintes entidades e movimentos:
Associação Brasileira dos
Estudantes de Engenharia Florestal – ABEEF
Conselho Indigenista
Missionário – Cimi
Comissão Pastoral da Terra –
CPT
Federação dos Estudantes de
Agronomia do Brasil – FEAB
Movimento dos Atingidos por
Barragens – MAB
Movimento das Mulheres
Camponesas – MMC
Movimento dos Pequenos
Agricultores – MPA
Movimentos dos Pescadores e
Pescadoras Artesanais – MPP
Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra – MST
Pastoral da Juventude Rural –
PJR
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