BREVEMENTE DETALHES DESSA NOVELA RSSSS
sexta-feira, 26 de março de 2010
PROVÁVEL QUEDA DE SOCORRO COELHO
Mudança pode fazer vários estragos. Confira a notícia de hoje :
Pela terceira vez neste governo vai ser trocado o comando da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Socorro Coelho, que assumiu o cargo em agosto do ano passado, vinha balançando há cerca de um mês. Ontem, a governadora Ana Júlia Carepa informou à tendência Unidade na Luta do deputado Paulo Rocha - autor da indicação – a decisão de substituí-la.
Ana Júlia informou também a intenção de que o cargo fosse assumido pelo secretário de Governo, Edilson Rodrigues, que quase aceitou, mas voltou atrás. Ana Júlia indicou então o atual titular da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Finanças, José Júlio. Apesar do perfil técnico, os dois são considerados integrantes da cota da Democracia Socialista, tendência de Ana Júlia e do ex-chefe da Casa Civil, Cláudio Puty.
O tom de insatisfação da governadora com a secretária aumentou nos últimos dias. Os problemas iam de escolas em reformas intermináveis, alunos sem aulas a atrasos na entrega de kits escolares. Segundo uma fonte do governo, próxima a Ana Júlia, Socorro “travou tudo”. A mesma fonte disse crer que José Júlio é o mais provável novo titular da Seduc.
VAIA
Na semana passada, a governadora foi alvo de vaia no município de Breves. Um dos motivos foi a falta de aulas numa escola em reformas. Na última segunda-feira, durante solenidade em uma escola no bairro da Marambaia, em Belém, a governadora manifestou publicamente a insatisfação. Reclamou porque não houve a entrega dos kits durante a visita como era esperado. A amigos, Socorro confessou que teria se sentido humilhada. Lá mesmo pediu mais respeito a Ana Júlia. Em tom áspero disse ter assumido a Seduc “em meio ao descalabro”.
A substituição de Socorro por Edilson ou Júlio foi rechaçada pela Unidade na Luta e reabriu a crise interna no PT. Ontem à noite, integrantes da tendência de Paulo Rocha se reuniram no escritório dele para avaliar a possível queda da secretária e a indicação de outro nome. O imbróglio está justamente nesse ponto. A tendência do deputado não abre mão de indicar o novo secretário. Até a noite de ontem, o mais provável indicado de Rocha era o secretário-adjunto, Alberto Leão.
Rocha confirmou ao DIÁRIO que fora chamado por Ana Júlia para reunião ainda ontem para discutir o assunto. Coelho, que estava em Santarém, foi chamada às pressas. Perdeu o voo da tarde e só desembarcou em Belém após as 21h. Até o fechamento desta edição, não havia confirmação sobre o encontro com Ana Júlia, que participou da cerimônia de posse do novo arcebispo e em seguida anunciou, via twitter, que iria descansar já que viajaria hoje para Altamira.
O chefe da Casa Civil, Everaldo Martins, não confirmou a substituição. Disse, contudo, que até o final deste mês, a governadora poderá fazer “ajustes” na equipe de governo. “Mas não é nada dirigido à Seduc”, afirmou, negando as insatisfações com a secretária.
Diario do Pará
Pela terceira vez neste governo vai ser trocado o comando da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Socorro Coelho, que assumiu o cargo em agosto do ano passado, vinha balançando há cerca de um mês. Ontem, a governadora Ana Júlia Carepa informou à tendência Unidade na Luta do deputado Paulo Rocha - autor da indicação – a decisão de substituí-la.
Ana Júlia informou também a intenção de que o cargo fosse assumido pelo secretário de Governo, Edilson Rodrigues, que quase aceitou, mas voltou atrás. Ana Júlia indicou então o atual titular da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Finanças, José Júlio. Apesar do perfil técnico, os dois são considerados integrantes da cota da Democracia Socialista, tendência de Ana Júlia e do ex-chefe da Casa Civil, Cláudio Puty.
O tom de insatisfação da governadora com a secretária aumentou nos últimos dias. Os problemas iam de escolas em reformas intermináveis, alunos sem aulas a atrasos na entrega de kits escolares. Segundo uma fonte do governo, próxima a Ana Júlia, Socorro “travou tudo”. A mesma fonte disse crer que José Júlio é o mais provável novo titular da Seduc.
VAIA
Na semana passada, a governadora foi alvo de vaia no município de Breves. Um dos motivos foi a falta de aulas numa escola em reformas. Na última segunda-feira, durante solenidade em uma escola no bairro da Marambaia, em Belém, a governadora manifestou publicamente a insatisfação. Reclamou porque não houve a entrega dos kits durante a visita como era esperado. A amigos, Socorro confessou que teria se sentido humilhada. Lá mesmo pediu mais respeito a Ana Júlia. Em tom áspero disse ter assumido a Seduc “em meio ao descalabro”.
A substituição de Socorro por Edilson ou Júlio foi rechaçada pela Unidade na Luta e reabriu a crise interna no PT. Ontem à noite, integrantes da tendência de Paulo Rocha se reuniram no escritório dele para avaliar a possível queda da secretária e a indicação de outro nome. O imbróglio está justamente nesse ponto. A tendência do deputado não abre mão de indicar o novo secretário. Até a noite de ontem, o mais provável indicado de Rocha era o secretário-adjunto, Alberto Leão.
Rocha confirmou ao DIÁRIO que fora chamado por Ana Júlia para reunião ainda ontem para discutir o assunto. Coelho, que estava em Santarém, foi chamada às pressas. Perdeu o voo da tarde e só desembarcou em Belém após as 21h. Até o fechamento desta edição, não havia confirmação sobre o encontro com Ana Júlia, que participou da cerimônia de posse do novo arcebispo e em seguida anunciou, via twitter, que iria descansar já que viajaria hoje para Altamira.
O chefe da Casa Civil, Everaldo Martins, não confirmou a substituição. Disse, contudo, que até o final deste mês, a governadora poderá fazer “ajustes” na equipe de governo. “Mas não é nada dirigido à Seduc”, afirmou, negando as insatisfações com a secretária.
Diario do Pará
quinta-feira, 25 de março de 2010
Quem conhece a real situação dos atingidos por barragens está na luta: Movimentos sociais protestam contra possível financiamento de Belo Monte pelo BNDES
Representantes de organizações da sociedade civil protestaram ontem (24), em frente à sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no centro do Rio de Janeiro, contra a implantação e o financiamento público da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que será construída no Rio Xingu, no Pará. Eles entregaram à direção do banco uma notificação extrajudicial que corresponsabiliza a instituição por qualquer prejuízo ambiental causado pela usina. O BNDES vai financiar o consórcio vencedor do leilão das obras de Belo Monte, previsto para o dia 20 de abril. Segundo a representante do Movimento Xingu Vivo para Sempre, Renata Soares Pinheiro, um banco público não pode financiar um empreendimento com tantas falhas no processo de licenciamento ambiental e incertezas quanto aos impactos para a população local.
“Apesar de o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] ter dado a licença prévia [no dia 1º de fevereiro], persistem supostas irregularidades e questões sem respostas e a gente quer saber se o banco vai ser responsável por isso. Não somos um grupo radical de ecologistas que quer frear o desenvolvimento do país, mas é preciso respeitar as populações locais, a legislação brasileira, a Constituição e os acordos internacionais que o Brasil assumiu”.
Renata alega ainda que o projeto não deixa claro quem se responsabilizará pelo deslocamento das populações ribeirinhas e povos indígenas, qual será o destino dessas famílias e o que será feito para garantir seu sustento, que hoje vem basicamente do consumo e da comercialização dos peixes do Rio Xingu.
Segunda Renata, a qualidade da água é outro ponto ainda sem resposta nos resultados de impactos ambientais sobre a usina. Um estudo feito pela Universidade de Brasília (UnB), a pedido do Ibama, aponta que a medolologia utilizada no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) não tem como fazer prognósticos de como ficará a qualidade da água no Rio Xingu.
O projeto da Usina Hidrelétrica de Belo Monte foi criado em meados da década de 80 e sofreu modificações na gestão do atual governo. É o maior projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), estimado em cerca de R$ 20 bilhões, com 11 mil megawatts de potência instalada e será a segunda maior usina do país.
O BNDES informou que só deve se pronunciar sobre o assunto depois de analisar o documento apresentado pelos movimentos sociais.
Reportagem de Flávia Villela, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 25/03/2010.
“Apesar de o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] ter dado a licença prévia [no dia 1º de fevereiro], persistem supostas irregularidades e questões sem respostas e a gente quer saber se o banco vai ser responsável por isso. Não somos um grupo radical de ecologistas que quer frear o desenvolvimento do país, mas é preciso respeitar as populações locais, a legislação brasileira, a Constituição e os acordos internacionais que o Brasil assumiu”.
Renata alega ainda que o projeto não deixa claro quem se responsabilizará pelo deslocamento das populações ribeirinhas e povos indígenas, qual será o destino dessas famílias e o que será feito para garantir seu sustento, que hoje vem basicamente do consumo e da comercialização dos peixes do Rio Xingu.
Segunda Renata, a qualidade da água é outro ponto ainda sem resposta nos resultados de impactos ambientais sobre a usina. Um estudo feito pela Universidade de Brasília (UnB), a pedido do Ibama, aponta que a medolologia utilizada no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) não tem como fazer prognósticos de como ficará a qualidade da água no Rio Xingu.
O projeto da Usina Hidrelétrica de Belo Monte foi criado em meados da década de 80 e sofreu modificações na gestão do atual governo. É o maior projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), estimado em cerca de R$ 20 bilhões, com 11 mil megawatts de potência instalada e será a segunda maior usina do país.
O BNDES informou que só deve se pronunciar sobre o assunto depois de analisar o documento apresentado pelos movimentos sociais.
Reportagem de Flávia Villela, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 25/03/2010.
A VERDADE PRECISA SER DITA: ASSOCIAÇÕES PIRATAS NÃO PODEM REPRESENTAR LEGALMENTE A CATEGORIA.
Infelizmente muitas associações vem sendo criadas para tentar representar os profissionais em educação pública no Estado do Pará, porém legalmente só existe um único sindicato que representa a categoria e sempre esteve na luta por uma educação de qualidade: Sintepp.
Não compre gato por lebre, sindicalize-se e participe, dando opinião ou criticando.
Diga não a pirataria que só veio para dividir nossa categoria!
II ENCONTRO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO NO CAMPO DO ESTADO DO PARÁ
Os usos políticos, sociais e acadêmicos dos conhecimentos,
suas tensões e contribuições para a participação e controle social
Promoção e Apoio
Promoção
Universidade Federal do Pará (Instituto Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural, Núcleo de pesquisa e Desenvolvimento da Educação Matemática e Científica, Campus de Abaetetuba, Campus de Cametá, Campus de Breves, Campus de Altamira, Campus de Bragança, Campus de Marabá, Campus de Castanhal
Universidade do Estado do Pará (Centro de Ciências Sociais e Educação, Programa de Pós-graduação em Educação, Núcleo de Educação Popular Paulo Freire, Núcleo de Mojú)
Universidade Federal Rural da Amazônia
Universidade Federal do Oeste do Pará
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
Fórum Paraense de Educação do Campo
Fórum de Educação do Campo do Sul e Sudeste do Pará
Fórum de Educação do Campo da Região Tocantina
Apoio
- Observatório da Educação Superior no Campo
- Centro de Apoio à Mobilização e Formação em Educação do Campo do Estado do Pará
- Programa de Vivência-Estudantil Camponesa/Governo do Estado
- União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação do Estado do Pará
- Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Pública do Pará - SINTEPP
- Secretaria de Estado de Educação do Estado do Pará
- Secretaria de Alfabetização, Alfabetização e Diversidade/Ministério de Educação
suas tensões e contribuições para a participação e controle social
Promoção e Apoio
Promoção
Universidade Federal do Pará (Instituto Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural, Núcleo de pesquisa e Desenvolvimento da Educação Matemática e Científica, Campus de Abaetetuba, Campus de Cametá, Campus de Breves, Campus de Altamira, Campus de Bragança, Campus de Marabá, Campus de Castanhal
Universidade do Estado do Pará (Centro de Ciências Sociais e Educação, Programa de Pós-graduação em Educação, Núcleo de Educação Popular Paulo Freire, Núcleo de Mojú)
Universidade Federal Rural da Amazônia
Universidade Federal do Oeste do Pará
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
Fórum Paraense de Educação do Campo
Fórum de Educação do Campo do Sul e Sudeste do Pará
Fórum de Educação do Campo da Região Tocantina
Apoio
- Observatório da Educação Superior no Campo
- Centro de Apoio à Mobilização e Formação em Educação do Campo do Estado do Pará
- Programa de Vivência-Estudantil Camponesa/Governo do Estado
- União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação do Estado do Pará
- Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Pública do Pará - SINTEPP
- Secretaria de Estado de Educação do Estado do Pará
- Secretaria de Alfabetização, Alfabetização e Diversidade/Ministério de Educação
quarta-feira, 24 de março de 2010
Professores de Rondônia em Greve.
Trabalhadores em educação desautorizam negociação clandestina
De acordo com o comando de greve, todas as providências legais foram tomadas antes do início da paralisação.
Os trabalhadores em educação, em greve desde o dia 11/03, já insatisfeitos com o governo, ficaram ainda mais revoltados com a notícia de que uma “comissão independente”, ou “comissão pelega”, estaria tentando uma negociação em nome da categoria.
Reunidos em assembléia nesta terça-feira (23/04) em frente à Assembléia Legislativa, em Porto Velho, os trabalhadores em educação desautorizaram qualquer negociação clandestina e afirmaram que a ”comissão independente” ou “comissão pelega” não fala em nome da categoria.
De acordo com o comando de greve, todas as providências legais foram tomadas antes do início da paralisação. Existe uma diretoria eleita no Sintero, e existe um comando de greve constituído. Portanto, caso o governador queira realmente dialogar, poderá fazê-lo com os legítimos representantes da categoria.
O comando de greve informou na assembléia que as pessoas recebidas pelo governador não possuem legitimidade para falar em nome da categoria e sequer participam do movimento.
fonte:http://www.tudorondonia.com.br
De acordo com o comando de greve, todas as providências legais foram tomadas antes do início da paralisação.
Os trabalhadores em educação, em greve desde o dia 11/03, já insatisfeitos com o governo, ficaram ainda mais revoltados com a notícia de que uma “comissão independente”, ou “comissão pelega”, estaria tentando uma negociação em nome da categoria.
Reunidos em assembléia nesta terça-feira (23/04) em frente à Assembléia Legislativa, em Porto Velho, os trabalhadores em educação desautorizaram qualquer negociação clandestina e afirmaram que a ”comissão independente” ou “comissão pelega” não fala em nome da categoria.
De acordo com o comando de greve, todas as providências legais foram tomadas antes do início da paralisação. Existe uma diretoria eleita no Sintero, e existe um comando de greve constituído. Portanto, caso o governador queira realmente dialogar, poderá fazê-lo com os legítimos representantes da categoria.
O comando de greve informou na assembléia que as pessoas recebidas pelo governador não possuem legitimidade para falar em nome da categoria e sequer participam do movimento.
fonte:http://www.tudorondonia.com.br
Hoje tem assembléia da categoria ! SINTEPP CONVOCA.
24/03 - ASSEMBLEIA GERAL DA REDE ESTADUAL - CENTRO SOCIAL DE NAZARÉ - 16h
Participe companheirada, independente de partido a luta é da categoria.
Participe companheirada, independente de partido a luta é da categoria.
A construção de edificações nas margens do rio Pará.
Como geógrafo, sou totalmente a favor da proibição, já que é provado empiricamente e científicamente que as construções de grande porte nas margens de rios e baias, impedem a circulação dos ventos causando um fenômeno conhecido como ilha de calor, muito comum nos centros urbanos.
domingo, 21 de março de 2010
60 mil professores tomam a avenida Paulista e GREVE continua !
Entoando palavras de ordem como “A greve continua, Serra a culpa é sua” e “Somos todos professores, efetivos, temporários, contra a precarização, por trabalho e mais salário”, o magistério paulista voltou a tomar a avenida Paulista, nesta sexta-feira (19), contra a intransigência do desgoverno estadual e o desmonte do ensino.
Com a concentração marcada para o início da tarde no vão livre do MASP, as delegações foram chegando em caravanas de ônibus da capital e do interior trazidas pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo). Logo já eram 60 mil educadores tomando as duas faixas da Avenida Paulista para a realização da assembleia.
Esbanjando ironia e bom humor, os professores ergueram faixas e cartazes onde qualificavam o governador José Serra de “exterminador da educação”, “mentiroso” e “fujão”, terminologia também direcionada a seu secretário de Educação, Paulo Renato, notório ministro de FHC, que proliferou a privatização do ensino no país.
Além de não abrirem diálogo com a direção do movimento durante as duas semanas de greve - que chegou a paralisar 80% das escolas nesta sexta -, governador e secretário fugiram de atividades das quais deveriam participar para não ter de ouvir cobranças, nem dar explicações aos professores. “Ocorreu uma atividade perto da ponte do Jaraguá em que Serra iria e organizamos um comitê de recepção. Quando ele soube, não deu as caras. É um fujão, que não dialoga com a sociedade. Nós queremos negociação”, declarou a professora Nair P., de Português.
Bebel, presidenta da Apeoesp,, no Masp. Foto: CUT-SPProfessora de Matemática de Sorocaba, Marlene S. sintetizou o que acredita ser o motor do impasse: “o problema do Serra é que ele mente, como a questão dos dois professores por sala de aula que nunca existiu e a dos salários, que estão há 11 anos sem aumento. Faltam apenas nove dias para eu me aposentar, mas estou aqui porque o ensino público paulista não merece tamanho desrespeito”.
Enquanto entrevistava os professores, Serra se multiplicava em torno de mim. Como abutre, vampiro ou defunto, levado em caixões por dezenas de mãos que exorcizavam seus feitos: superlotação de salas, arrocho salarial de professores e funcionários, abandono e desestruturação de bibliotecas e laboratórios. Na lápide, ao lado de um dos caixões, o alerta contra o “morto-vivo”: “quem destruiu a educação não pode governar a nação”.
Muitos jovens, com faixas e bandeiras da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES), expressavam o seu apoio ao movimento reivindicatório: “O professor é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo!”. Como explicou a presidenta da entidade, Ana Letícia, a solidariedade é total: “os professores estão tentando salvar a educação da destruição a que vem sendo submetida por uma política predatória, que mantém 100 mil professores em caráter temporário e em serviço precário”.
Ao som do batuque de tambores, estudantes vindos de Santo André também elevaram a voz: “Hoje são eles, amanhã seremos nós, professores, estudantes, nossa luta é uma só!”. Do alto dos prédios, papel picado, aplausos e sinais de aprovação, sempre retribuídos com acenos pelos manifestantes.
Aclamada pela mutidão, a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha (Bebel), condenou a postura autoritária e mentirosa adotada pelo governo estadual que, além de não negociar, manipula os números, falando em 1% de adesão da categoria. “Serra insiste em dizer que não há greve, mesmo assim, a cada assembleia, vemos que é cada vez maior o número de manifestantes. Ele diz que é uma greve política e tem razão, porque defendemos o partido do magistério paulista, pela melhoria das condições de ensino, de vida, trabalho, salário, respeito e dignidade”, sublinhou.
Na avaliação da dirigente da Apeoesp, a primeira semana de greve foi de conscientização; a segunda, de crescimento; e a terceira será de resistência, com o movimento se enraizando e paralisando todas as escolas.
A energia da manifestação se expressava não apenas pelo moral elevado, como pela sua imensidão. No momento em que a passeata dos professores já ia longe na avenida Consolação, ainda havia gente no Masp, com a massa compacta ocupando mais de um quilômetro. E foi assim que dezenas de milhares chegaram na Praça da República, onde está localizada a Secretaria de Educação, para presenciar uma nova fuga de Paulo Renato, que não deu as caras.
Diante do impasse, os professores decidiram que vão abandonar o “subordinado” e passar a negociar com o seu “chefe”: na próxima sexta-feira (26), vão marchar até o Palácio dos Bandeirantes para falar diretamente com o governador. O eixo da convocação do ato, para o qual estão convidados pais e alunos, é “Serra mente para o povo, a educação pede socorro”. Entre as principais reivindicações a reposição das perdas salariais, com o reajuste de 34,3%; incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados; plano de carreira justo; concurso público; garantia de emprego e contra as avaliações excludentes.
Em nome da executiva nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Felício, ex-presidente da Apeoesp, reiterou a solidariedade e o compromisso de luta pela recuperação da escola pública. “Se hoje fizermos uma pesquisa séria no Estado de São Paulo, veremos que nenhum estudante quer ser professor. Isso ocorre pelo brutal abandono, porque ninguém agüenta o salário de miséria que vem sendo pago pelo estado mais rico do país, com a mais alta arrecadação de ICMS”, declarou. Segundo João Felício, “a verdade é que depois que os tucanos chegaram ao governo de São Paulo, o caos foi instalado na educação e os movimentos sociais foram criminalizados”.
O vice-presidente da CUT-SP e também ex-presidente da Apeoesp, Carlos Ramiro de Castro (Carlão), condenou o “trololó” dos tucanos e exortou os professores a ampliarem a convocação para o ato em frente ao Palácio dos Bandeirantes: “será a resposta do magistério público que não aceita o sucateamento da educação e exige respeito”.
CUT (http://www.cut.org.br/
Toda solidariedade a greve do professores de São Paulo. Tenho a certeza que o dia em que todos os professores se conscientizarem da importância de seu papel na sociedade nossa classe será mais valorizada.
Com a concentração marcada para o início da tarde no vão livre do MASP, as delegações foram chegando em caravanas de ônibus da capital e do interior trazidas pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo). Logo já eram 60 mil educadores tomando as duas faixas da Avenida Paulista para a realização da assembleia.
Esbanjando ironia e bom humor, os professores ergueram faixas e cartazes onde qualificavam o governador José Serra de “exterminador da educação”, “mentiroso” e “fujão”, terminologia também direcionada a seu secretário de Educação, Paulo Renato, notório ministro de FHC, que proliferou a privatização do ensino no país.
Além de não abrirem diálogo com a direção do movimento durante as duas semanas de greve - que chegou a paralisar 80% das escolas nesta sexta -, governador e secretário fugiram de atividades das quais deveriam participar para não ter de ouvir cobranças, nem dar explicações aos professores. “Ocorreu uma atividade perto da ponte do Jaraguá em que Serra iria e organizamos um comitê de recepção. Quando ele soube, não deu as caras. É um fujão, que não dialoga com a sociedade. Nós queremos negociação”, declarou a professora Nair P., de Português.
Bebel, presidenta da Apeoesp,, no Masp. Foto: CUT-SPProfessora de Matemática de Sorocaba, Marlene S. sintetizou o que acredita ser o motor do impasse: “o problema do Serra é que ele mente, como a questão dos dois professores por sala de aula que nunca existiu e a dos salários, que estão há 11 anos sem aumento. Faltam apenas nove dias para eu me aposentar, mas estou aqui porque o ensino público paulista não merece tamanho desrespeito”.
Enquanto entrevistava os professores, Serra se multiplicava em torno de mim. Como abutre, vampiro ou defunto, levado em caixões por dezenas de mãos que exorcizavam seus feitos: superlotação de salas, arrocho salarial de professores e funcionários, abandono e desestruturação de bibliotecas e laboratórios. Na lápide, ao lado de um dos caixões, o alerta contra o “morto-vivo”: “quem destruiu a educação não pode governar a nação”.
Muitos jovens, com faixas e bandeiras da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES), expressavam o seu apoio ao movimento reivindicatório: “O professor é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo!”. Como explicou a presidenta da entidade, Ana Letícia, a solidariedade é total: “os professores estão tentando salvar a educação da destruição a que vem sendo submetida por uma política predatória, que mantém 100 mil professores em caráter temporário e em serviço precário”.
Ao som do batuque de tambores, estudantes vindos de Santo André também elevaram a voz: “Hoje são eles, amanhã seremos nós, professores, estudantes, nossa luta é uma só!”. Do alto dos prédios, papel picado, aplausos e sinais de aprovação, sempre retribuídos com acenos pelos manifestantes.
Aclamada pela mutidão, a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha (Bebel), condenou a postura autoritária e mentirosa adotada pelo governo estadual que, além de não negociar, manipula os números, falando em 1% de adesão da categoria. “Serra insiste em dizer que não há greve, mesmo assim, a cada assembleia, vemos que é cada vez maior o número de manifestantes. Ele diz que é uma greve política e tem razão, porque defendemos o partido do magistério paulista, pela melhoria das condições de ensino, de vida, trabalho, salário, respeito e dignidade”, sublinhou.
Na avaliação da dirigente da Apeoesp, a primeira semana de greve foi de conscientização; a segunda, de crescimento; e a terceira será de resistência, com o movimento se enraizando e paralisando todas as escolas.
A energia da manifestação se expressava não apenas pelo moral elevado, como pela sua imensidão. No momento em que a passeata dos professores já ia longe na avenida Consolação, ainda havia gente no Masp, com a massa compacta ocupando mais de um quilômetro. E foi assim que dezenas de milhares chegaram na Praça da República, onde está localizada a Secretaria de Educação, para presenciar uma nova fuga de Paulo Renato, que não deu as caras.
Diante do impasse, os professores decidiram que vão abandonar o “subordinado” e passar a negociar com o seu “chefe”: na próxima sexta-feira (26), vão marchar até o Palácio dos Bandeirantes para falar diretamente com o governador. O eixo da convocação do ato, para o qual estão convidados pais e alunos, é “Serra mente para o povo, a educação pede socorro”. Entre as principais reivindicações a reposição das perdas salariais, com o reajuste de 34,3%; incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados; plano de carreira justo; concurso público; garantia de emprego e contra as avaliações excludentes.
Em nome da executiva nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Felício, ex-presidente da Apeoesp, reiterou a solidariedade e o compromisso de luta pela recuperação da escola pública. “Se hoje fizermos uma pesquisa séria no Estado de São Paulo, veremos que nenhum estudante quer ser professor. Isso ocorre pelo brutal abandono, porque ninguém agüenta o salário de miséria que vem sendo pago pelo estado mais rico do país, com a mais alta arrecadação de ICMS”, declarou. Segundo João Felício, “a verdade é que depois que os tucanos chegaram ao governo de São Paulo, o caos foi instalado na educação e os movimentos sociais foram criminalizados”.
O vice-presidente da CUT-SP e também ex-presidente da Apeoesp, Carlos Ramiro de Castro (Carlão), condenou o “trololó” dos tucanos e exortou os professores a ampliarem a convocação para o ato em frente ao Palácio dos Bandeirantes: “será a resposta do magistério público que não aceita o sucateamento da educação e exige respeito”.
CUT (http://www.cut.org.br/
Toda solidariedade a greve do professores de São Paulo. Tenho a certeza que o dia em que todos os professores se conscientizarem da importância de seu papel na sociedade nossa classe será mais valorizada.
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