Demagogia é conduzir o povo a uma falsa situação. Em termos etimológico provém do Grego, querendo dizer "a arte de conduzir o povo".
Dizer ou propor algo que não pode ser posto em prática, apenas com o intuito de obter um benefício ou compensação.
No nosso contexto atual, está muito associado ao mundo da política e a promessas de "mundos e fundos", que depois na prática não se concretizam.
Dizem os manuais que o demagogo, na sua expressão grega primitiva, era apenas o chefe ou condutor do povo, sem qualquer sentido pejorativo, e, como tal, se qualificavam Sólon ou Demóstenes, intimamente ligados à defesa da democracia. Contudo, a expressão sofreu uma evolução semântica, deixando de ser uma arte neutral, principalmente depois da morte de Péricles, em 429 a.C., quando surgiram novos líderes, não ligados às antigas famílias, os quais, a partir do século seguinte, começaram a ser fortemente criticados pelos adversários dos modelos democráticos. Por causa disso é que a expressão ganhou a actual conotação: aquele que procura dar voz aos medos e aos preconceitos do povo. Ou, para seguir as palavras de Bertrand de Jouvenel: a arte de conduzir habilmente as pessoas ao objectivo desejado, utilizando os seus conceitos de bem, mesmo quando lhes são contrários.
Aliás, já em Platão (Politeia, livro V) o nome serviu para designar aquele que chama boa às coisas que lhe agradam e más às coisas que ele detesta. Do mesmo modo, em Aristóteles (Política, livro V), onde se acentuou que o demagogo utilizava a lisonja e os artifícios oratórios. Já no século XIX, Lincoln chegou mesmo a assinalar que: "Pode-se enganar algumas pessoas todo o tempo; Pode-se enganar todas as pessoas algum tempo; Mas não se pode enganar todas as pessoas o tempo todo!
http://pt.wikipedia.org/wiki/Demagogia
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